A crise provocada pela pandemia do coronavírus afetou pessoas e empresas, ao passo que o mundo todo precisou se adaptar. Abaixo, descubra as principais expectativas para o comércio varejista de alimentos.
Será que tem novidades, mudanças de comportamento, novas tecnologias? É isso que você vai descobrir! Até porque sabemos que o setor de alimentos é essencial para a sobrevivência, presente na lista de prioridades das famílias.
A expectativa de consumo para o comércio varejista de alimentos
Ainda que notamos uma queda no consumo em restaurantes e bares há alguns anos, hoje o cenário é bem diferente. Sem contar que a compra de alimentos, seja física ou online, continuou aquecida em todo o período pandêmico.
Por isso, as expectativas para o comércio varejista de alimentos são muito positivas. Conforme a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), a resposta é altamente positiva.
O entusiasmo vem de uma pesquisa que mostrou que 71% dos brasileiros devem gastar mais dinheiro no segundo semestre. Com destaque para:
- Alimentos (66%);
- Saúde (39,8%);
- Eletrodomésticos (34,9%).
A explicação para isso tem a ver com as prioridades de compras. Assim, na ordem, os brasileiros disseram que vão investir, antes de tudo, em:
- Alimentos (58%);
- Educação (37%);
- Saúde (34%).
E tem mais alguns dados que podem te interessar, sobre o que é importante: Promoções (36,5%), Cashback (17,5%) e Qualidade (14,8%).
Para aproveitar o bom momento, as empresas precisam conhecer o perfil do consumidor e investir em estratégias para mantê-los engajados com a marca. Sabendo disso, acompanhe as principais tendências!
Principais tendências para o setor de alimentos
Os tópicos a seguir apontam as principais tendências e expectativas para o comércio varejista de alimentos – que devem surgir ou ganhar força nos próximos meses.
O mercado online continua sendo trend, mas não é mais o único.
1 – e-Food
A compra de alimentos online é uma pauta que ganhou muita força durante a pandemia.
O movimento deve se manter, conforme noticiado no Jornal da USP (Universidade de São Paulo), com dados da Statista.
Os estudos mostram que o Brasil é um país de destaque, na América Latina, no comércio eletrônico de alimentos (e-Food). Para os pesquisadores, os brasileiros mudaram os hábitos alimentares e começaram a comprar mais por delivery.
Os principais meios para investir no e-Food são as plataformas de delivery, como os aplicativos de comida.
Mas, há outras alternativas, como o Take Away (Clique e Retire), onde o cliente vai até o estabelecimento para retirar os pratos e/ou as compras.
2 – Ominichannel
Ainda na questão do comércio eletrônico, o setor de alimentos também caiu nas graças do ominichannel. Com diferentes canais de atendimento, essa é uma forma de atrair clientes para o mercado de varejo.
É uma ação que exige investimento baixo, comparado ao retorno. Isso porque permite ao consumidor escolher o principal meio de contato, que pode ser um pedido por WhatsApp, no site, por telefone e assim por diante.
Inclusive, pode ser feito considerando os vários públicos. Em lugares frios, ir até o mercado pode ser pouco conveniente, então pedidos online funcionam bem.
Para outros casos, o pós-atendimento virtual é interessante. Por isso, a estratégia depende do perfil do consumidor.
Para saber mais: As melhores estratégias digitais para supermercados
3 – Desperdício Zero
Esse também é um movimento que vem desde a pandemia, e ganha cada vez mais força no mundo, devido à importância sustentável. O Zero Waste, ou Desperdício Zero, estimula o consumo sustentável e a economia local.
A definição vai além da alimentação, atuando com embalagens, por exemplo. Por isso, quem atua no comércio varejista pode criar várias ações para contribuir com o novo interesse dos consumidores.
Com base na consultoria WGSN, apostar em rótulos e etiquetas com dados de sustentabilidade também é assertivo. É uma estratégia para reforçar o compromisso ambiental, feita dentro das lojas físicas ou nas redes sociais.
4 – Fast-food saudável
O termo ainda não existe, é verdade. Mas, fast-food saudável sugere o que tem por trás do conceito. A Kitchen Stories fez um estudo que mostrou que os consumidores querem gastar menos de 30 minutos preparando as próprias comidas.
Para atender a essa nova demanda, investiram em aplicativos e vídeos-aulas ensinando como preparar de alimentos assim: rápido e saudavelmente. Na prática, quase todo mundo busca um prato nutritivo com preparo rápido, não é?
5 – Hiperconveniência
Para complementar o que vimos acima, tem outro termo relacionado às tendências para o comércio varejista de alimentos que você precisa conhecer: hiperconveniência. É sobre aquela busca incessante por praticidade e comodidade.
O conceito explica porque os mercadinhos dentro de condomínios (vending machines) têm feito sucesso.
Assim como as lojas com lockers e os supermercados com autoatendimento. Todos esses exemplos já estão disponíveis no Brasil!
Independentemente de quem seja o seu público hoje, é interessante ficar de olho nas novidades que vão de encontro com os anseios dos consumidores. E tem tudo a ver com a experiência da compra, como veremos a seguir.
6 – Experiência da compra
Se até aqui vimos muito sobre o comércio online de alimentos, agora o foco é outro. A Sodexo, empresa de benefícios, destacou uma nova tendência: a prática focada em garantir a melhor experiência do usuário.
Assim, toda a vivência da jornada de compra é considerada: conveniência, atendimento e meios de pagamento. Hoje, sabemos que encantar o cliente é decisivo para o sucesso de um negócio.
Leia também: Saiba como treinar funcionários em supermercados
7 – Caixa de atendimento para idosos
Em todo tópico, mencionamos conhecer o cliente ou algo relacionado a isso. Agora temos um exemplo de que isso realmente é importante. Enquanto muito se fala da inteligência artificial e tecnologias, na Holanda tivemos um caso bem diferente.
Um supermercado que criou um checkout para idosos, com um atendimento “mais lento”. E nada de robôs ou máquinas, tudo acontece de forma bem humana.
Apelidado de checkout de bate-papo, é um exemplo de que a tendência tem tudo a ver com pensar no seu público – e não apenas sobre inovações tecnológicas. “É um gesto pequeno, mas valioso”, disse um dos responsáveis.
Gostou de se atualizar sobre as principais expectativas e tendências para o comércio varejista de alimentos? Na nossa revista online tem mais conteúdos, disponíveis gratuitamente.